sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Modelo de estagio supervisionado em gestao

UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL – ULBRA

ESTAGIO CURRICULAR IV – AMBIENTES NÃO ESCOLARES

OUTUBRO 2011

1.1 Nome da Instituição: Casa do Idoso Jorge Zapulla

1.2 Nome dos Supervisores:

Professor Regente: Dra. Maria Clara Ramos Nery

Professor Tutor Virtual: Hans Gert Rottmann

Professor Tutor Presencial: Renata Ferreira dos Santos

1.3 Nome da Disciplina de Estagio: Estagio Curricular IV – Ambientes não Escolares

1.4 Nome da Instituição onde realizou o estagio: Casa do Idoso Jorge Zapulla

1.5 Data: 05/09/2011

1.6 Semestre: 2º semestre

1.7 Ano: 2011

1.8 Histórico da Instituição:

A Casa do Idoso Jorge Zapula, esta localizada na Rua Dom Pedro II, bairro Floresta no município de Poté – Minas Gerais. A mesma foi constituída em 01/04/1995, sendo uma entidade civil sem fins lucrativos, que terá duração por tempo indeterminado e se regerá pelo presente estatuto.

1.9 Publico Alvo: População Idosa

1.10 Relato das Observações da pratica de estagio com relação à instituição, ao publico alvo onde e com que o aluno realiza o estagio curricular IV

Durante as observações, conheci as repartições da casa do Idoso Jorge Zapulla. Foram observadas, a maneira de como os idosos são tratados naquela instituição. Além disso, apresentei as atividades que iria realizar ao diretor da casa no quais fizeram suas sugestões para que fossem feitas adaptações para melhor aproveitamento.

Mais do que uma Prática de Estágio foi uma grande experiência de vida, por que além de colaborar para o desenvolvimento, percebi que estava lá como uma pessoa que lhes transmitia carinho, atenção e motivação para vencerem as inúmeras barreiras que lhes são impostas não só por serem idosas, mas por também terem problemas sócio-afetivos. Enfim, me senti realizada como uma futura profissional da Educação.

CASA DO IDOSO JORGE ZAPULLA

O IDOSO E O SEU BEM ESTAR SOCIAL

SETEMBRO, 2011

CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE/AMBIENTE NÃO ESCOLAR

A Casa do Idoso Jorge Zapulla, constituída em 01/04/1995, é uma entidade civil sem fins lucrativos, que terá duração por tempo indeterminado e se regerá pelo presente estatuto. A mesma tem por finalidade dar abrigo aos idosos atendimentos médicos, odontológica e alimentar, recreação e toda assistência que for necessária inclusive religiosa e trabalho manual. No desenvolvimento de sua atividade a Casa do Idoso Jorge Zapulla terá um regimento interno, que aprovado pela Assembléia geral disciplinará o seu funcionamento.

No desenvolvimento de suas atividades a Casa do Idoso Jorge Zapulla não fará qualquer discriminação de raça, cor, sexo ou religião. A fim de cumprir sua finalidade a entidade se organizará em tantas unidades de prestação de serviços quanto se fizerem necessárias, as quais se regerão pelo regimento interno. A casa do Idoso Jorge Zapulla é constituída por numero ilimitado de sócios, maiores de 28 anos, distribuídos nas seguintes categorias:

SOCIOS FUNDADORES – São aqueles que participaram da assembléia de constituição da entidade e assinaram a respectiva ata.

SOCIOS CONTRIBUINTES – São os que contribuem com uma importância mensal no valor e na modalidade estabelecida pela diretoria.

SOCIOS BENFEITORES - São os que contribuem com a entidade espontaneamente e periodicamente, sem que a mesma estipule a forma ou a quantia.

SOCIOS BENEMÉRITOS – São os que prestam à entidade relevantes serviços, pertencendo ou não ao quadro social, sendo os mesmos indicados pela Assembléia Geral.

SOCIOS HONORARIOS – São os que prestam à entidade serviços, não pertencem ao quadro social e não moram na comunidade ou no município.

A casa do Idoso Jorge Zapulla será administrada por Assembléia Geral, Diretoria e Conselho Fiscal. A Assembléia Geral, órgão soberano da entidade, constituir-se-á dos sócios em pleno gozo de seus direitos estatutários. Sendo que a mesma se realizará ordinariamente uma vez por ano para apreciar o relatório anual da diretoria, discutir e homologar as contas e o balanço aprovados pelo Conselho Fiscal, apreciar, aprovar ou reprovar o Plano de Aplicação dos recursos da Casa do Idoso Jorge Zapulla.

A convocação da Assembléia Geral será feita por meio de edital afixado em local público, publicado na imprensa local, por circulares ou outros meios convenientes, com antecedência mínima de 08 dias.

A capacidade da Casa é de no máximo 40 moradores podendo ser eles homens ou mulheres, independente de idade, com restrição apenas no quadro clínico que em alguns casos necessitam de um atendimento mais especializado.

É de responsabilidade da Casa atendimento médico emergencial, serviços de terapia, alimentação, serviços de lavanderia bem como a manutenção.

A casa possui 10 cômodos entre eles quartos, banheiros, salas, refeitório, cozinha, lavanderia, escritório e área de lazer. Atualmente conta com o apoio da Prefeitura Municipal, Secretária Municipal de Saúde, Fundação de Assistência Social.

CONTEXTO DO AMBIENTE/PROJETO

O idoso tem sido encarado de formas diferentes ao longo dos tempos e nas diversas culturas. Por exemplo, nas sociedades Orientais é-lhe atribuído um papel de dirigente pela experiência e sabedoria. Nas sociedades Ocidentais, apesar de ter sido considerado, até há algum tempo atrás, como um elemento fundamental na sociedade, pelos seus conhecimentos e valores para as populações mais jovens, atualmente tem uma imagem e um papel social quase insignificante, sendo a diminuição das suas capacidades, num contexto de produtividade, um dos fatores mais referenciados. Por outro lado, o idoso, por usufruir de reformas e pensões muito baixas, viver muitas vezes em habitações degradadas e ter grandes despesas com a saúde, fica numa posição social muito vulnerável à precariedade econômica. O idoso é ainda vulnerável à exclusão social, pela condição de reformado, sem relação com o trabalho e com os colegas, pela dificuldade de comunicação com as gerações mais jovens, pelo isolamento em relação à família, pela perda de autonomia física e funcional e ainda pelas dificuldades da adaptação às novas tecnologias (Sílvia, 2001).

De fato, para além da privação de meios a que naturalmente os idosos, estão votados, existem tecnologias recentes que ampliam as dificuldades de acesso aos direitos sociais básicos.

Este quadro agrava-se para alguns idosos ainda mais, pelo fato de terem que partilhar o seu reduzido rendimento com familiares a seu cargo (netos, filhos tóxico dependentes, etc…).

Devido à insuficiência de medidas de política social, capazes de garantir condições econômicas mínimas a quem fez a sua vida profissional numa época em que não se realizavam contratos, nem descontos para a segurança social, configura-se-lhes um quadro de vida em que a pobreza é o culminar “inevitável” de uma trajetória social cuja precariedade impediu a acumulação de todo e qualquer tipo de recurso.

Face à panóplia de questões caracterizadoras do idoso na sociedade atual, surge o debate em torno do envelhecimento e das respostas sociais de apoio às pessoas idosas.

Segundo Pimentel (2001), a pressão que o envelhecimento populacional causa nos sistemas de Segurança Social pode ter custos sociais elevados, decorrentes da forma como o sistema é financiado. A técnica que é utilizada para este fim, segundo Rosa (1993), baseia-se numa conversão automática das contribuições dos indivíduos ativos em pensões, implicando que haja um equilíbrio entre as quotizações e as prestações. No entanto, este sistema segundo a mesma autora, tende a originar um mal-estar social e conduz a um conflito entre gerações com conseqüências graves para a sociedade, uma vez que são as gerações mais novas que contribuem para o financiamento das pensões de velhice, aumentando deste modo as despesas sociais.

Comunga da mesma opinião Roussel (1990), ao referir que, apesar de os idosos constituírem um grupo social com algum poder e capaz de exercer pressão política e econômica, as outras gerações, sobretudo em épocas de crise, podem não entender os benefícios dos idosos e considerá-los excessivos.

Posição diferente apresenta Cabrillo & Cachafeiro (1992), ao referirem que a questão fundamental não se centra na distribuição das despesas públicas, mas sim na integração social dos idosos, que podem e devem desempenhar uma função ativa na vida social, não constituindo, assim, uma carga para as gerações mais jovens.

JUSTIFICATIVA

O envelhecimento populacional vem se constituindo uma preocupação emergente na agenda de inúmeros governantes. Ouvimos com freqüência que o Brasil não é mais um país jovem. Os idosos que representavam apenas 3,2% da população geral de 1900 e 4,7% em 1960, poderão atingir 13,8% no ano de 2025. No período de 1960 a 2025, espera-se que o crescimento da população idosa seja de 917% enquanto que o ritmo de aumento da população total deverá cair para 250%.

Hoje, temos aproximadamente 11 milhões de pessoas com mais de 60 anos (idosos) e projeções indicam que seremos o 6O país do mundo em número de idosos no ano de 2020, com aproximadamente 32 milhões de idosos.

Sendo este um rápido e violento aumento da população idosa, não terá havido tempo suficiente para que o país se capacite para lidar de modo adequado com esta população. São previsíveis as situações relacionadas a preconceito, marginalização social, pobreza, abandono, doenças, incapacidades e baixa qualidade de vida. O problema do menino de rua dará lugar ao do idoso de rua. Não há presentemente uma política do estado visando alguma prevenção dessa avalanche de problemas.

Ao mesmo tempo, a mulher, hoje a tradicional cuidadora dos idosos da família, estará cada vez menos disponível para esse tipo de função, em virtude de seu engajamento cada vez maior no mercado de trabalho. Ademais, a própria família estará cada vez menor, em virtude da urbanização, e mais fragmentada, devido à facilidade para separações conjugais e, assim, sempre menos apta para cuidar de seus idosos. Famílias menores residem em apartamentos pequenos, sem espaço para idoso. E, até aqui, os sistemas formais de suporte não têm sido capazes de substituir a família com eficiência.

As dimensões do problema da previdência social brasileira são colossais e não é provável que se consiga solução adequada em poucos anos. É muito provável que a situação socio-econômica de diversos idosos persista instável, insegura e/ou plenamente deficitária nos próximos vários anos.

A população que vai entregue a esse tipo de instituição é aquela com uma família incapacitada ou sem família; com dificuldade para prover o próprio sustento; rica em incapacidades físicas e mentais; considerada pouco atrativa para o convívio social por parte dos outros agrupamentos sociais.

As instituições residenciais de longa permanência precisam estar sempre sendo arejadas e reformadas, em constante refazer dos laços com a comunidade.

É muito desejável que o jovem universitário, um indivíduo muitas vezes oriundo das elites e inexperiente, possa ter contato com os mais relevantes problemas sociais. Serve para forjar no seu caráter o sentimento de responsabilidade social, além de ter um papel humanizador, Presta-se para angariar desde já a sua colaboração na difícil empreitada de tentar reduzir o sofrimento e a falta de condição daqueles menos privilegiados. Serve para a aprendizagem do respeito ao outro indivíduo humano, não importando quais as suas deficiências e limitações.

É fundamental marcar que a capacidade de respeitar e de ajudar não é inata no ser humano e nem sempre estará já pronta e disponível no jovem estudante. Precisa ser estimulada e cultivada no jovem. Ao longo dos anos de existência do Projeto Lar dos Idosos, pudemos constatar que o ambiente das casas para idosos tem se mostrado bastante propício para o desenvolvimento deste tipo de formação do caráter de jovens estudantes.

6. OBJETIVOS:

OBJETIVO GERAL:

Contribuir, através de trabalho multidisciplinar e integrado, para melhoria das condições das instituições residenciais de longa permanência para idosos, através de processo continuado de análise institucional das instituições já conveniadas com o Projeto Lar dos Idosos.

OBJETIVOS ESPECIFICOS:

· Oferecer consultoria acerca de como racionalizar e melhorar o funcionamento de outras instituições, ainda não ligadas ao Projeto Lar dos Idosos;

· Contribuir para elevar o bem estar e a qualidade de vida do idoso em instituições de longa permanência, que são muito baixos hoje em dia;

· Desenvolver um projeto acadêmico de estudos acerca do processo de envelhecimento;

· Estimular o trabalho em equipe entre estudantes;

PÚBLICO ALVO DO PROJETO:

· Pessoas idosas

METODOLOGIA DE TRABALHO/PROCEDIMENTOS

· Atividades recreativas;

· Coleta de dados;

· Relato de desenvolvimento de atividades;

· Dinâmica para detectar o estado emocional de cada idoso;

· Questionamentos;

· Oficina de recreação;

· Proposta de oficinas que foram realizadas na visita seguinte. As oficinas mais cotadas foram: desenho, massa de modelar, jogos, contos religiosos, tudo acompanhado pelo som que eles mesmos escolheram: Roberto Carlos.

· Na oficina de desenhos, fornecemos materiais necessários - giz de cera e papel - para explorar a criatividade e o desenvolvimento motor. Sem que houvesse imposições de regras, deixando - os livres para a realização desta atividade. Observamos que através de rabiscos que tinham formas e cores variadas, alguns retratavam suas experiências enquanto criança ou durante determinada etapa de suas existências.

· Os desenhos não tinham uma definição lógica, eles diziam ser animais - pato, pata, onça, cobra, urso, ganso - sereia e até jangada. Podemos constatar que através das quantidades de cores utilizadas poderia haver alguma relação com seu estado emocional.

· Foi curiosa a receptividade na oficina de massa de modelar, pois eles nunca tiveram a oportunidade de manuseá-la. Talvez por este fato não foram criativos, apenas repetiram os modelos apresentados pelos monitores. Pela falta de manuseio e o aroma atrativo, uma senhora mastigou um pedaço de massa, imaginamos que ela se confundiu com algum doce, pois era o que a mesma nos pedia.

· Com os contos religiosos, notamos que a explanação surtiu melhor entendimento e conseqüentemente maior participação que a leitura detalhada. Sentimos algumas dificuldades devido às deficiências auditivas. Talvez pela questão cultural eles preferissem escutar os contos religiosos.

EQUIPES E PARCERIAS

· Sócios Fundadores

· Sócios Contribuintes

· Sócios Benfeitores

· Sócios Beneméritos

· Sócios Honorários

CRONOGRANA

ATIVIDADE/

PERIODOS

semana

semana

semana

semana

Levantamento de literatura

X

Planejamento do projeto

X

X

Busca de parcerias

X

X

X

Implantação do projeto

X

X

Execução do projeto

X

X

Avaliação

X

AVALIAÇAO

Foi verificado que as atividades recreativas proporcionam momentos de bem estar, uma vez que os idosos ali presentes tiveram uma participação ativa nas atividades propostas - no início apresentavam-se pacatos e no decorrer das propostas recreativas houve uma maior adesão por parte dos participantes - deste modo reativando sentimentos perdidos e a auto-estima como ponto fundamental de recuperação.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

BRASIL, Ministério da Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC-SEF, 1997.

CÁRITAS Diocesana de Viseu – Estudo de levantamento das instituições e das redes para a inclusão – Projeto convergências: Comunicação para valorizar. Equipa técnica: Sandra Duarte João e Manuela Moura Alberto. Setembro, 2004.

PIMENTEL, Luisa Maia Gaspar – O lugar do idoso na família: contextos e trajetórias. Coimbra: Quarteto. 2001.

ROSA, Maria João Valente – O desafio social do envelhecimento demográfico. Análise Social. Lisboa. Vol. 27. N.º 122, 1993.

RESUMO

A palavra asilo quer significar, de acordo com o Aurélio, "casa de assistência social, onde se sustentam e educam mendigos, órfãos, velhos e carentes". Com o correr dos anos, uma instituição deste tipo freqüentemente deteriora, isola-se do resto da comunidade, tornando-se um gueto ou um cisto social de excluídos. Daí o surgimento da conotação negativa para a palavra asilo. Em nosso estudo, nos deparamos com uma realidade muito diferente, afastada da ideal. Os idosos residentes no asilo São Francisco de Assis, por exemplo, não contam com atividades que visam uma melhoria na qualidade de vida e bem estar físico, convivem com uma deficiência total de atividades recreativas e a ausência de programas que estimulem o lazer, contribuindo diretamente para que a vida destes idosos se torne cada vez mais ociosa.

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