sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Artigo - Gestao Escolar

GESTÃO DEMOCRATICA: AS BASES DO SUCESSO ESCOLAR

Suely Ferreira Silva

“Basicamente, a Gestão significa influenciar a ação. Gestão é sobre ajudar as organizações e as unidades fazerem o que tem que ser feito o que significa ação”.

Henry Mintzberg

Resumo

O presente trabalho pauta-se em uma analise proposta sobre A Gestão Democrática: As bases do sucesso escolar no qual o gestor escolar vem tomando lugar de destaque nos debates, nas análises, nos estudos e projetos que visam formar cidadãos mais preparados para atender as demandas deste mundo globalizado. Este artigo tem por objetivo, elencar, uma proposta de estudo e análise crítica sobre uma Gestão Democrática que venha servir para reflexão/ação sobre esse processo, cuja proposta implica em um posicionamento mais qualitativo frente à gestão e o seu papel no sucesso escolar.

Palavras Chave: Democratização do Ensino - Gestor Escolar - Sucesso Escolar

Summary


This work isguided in an analysis of the proposed Democratic Management: The foundation for success in school which theschool manager is taking a prominent place in debates, in the analysis, studies and projects aimed at educating citizens better prepared to meet the demands this globalized world. This article aims, to list a proposal to study and critical analysis of aDemocratic Administration that will serve to reflection / action on this process, whose proposal involves a more qualitative positioning the front management and its role in school success.

Keywords: Democratization of Education - School Manager - School Success

_________________________________________________________________

1- Graduada em Normal Superior pela Faculdade de Educação e Estudos Sociais de Poté – FAEESP – Universidade Presidente Antônio Carlos – UNIPAC, aluna do curso de pós-graduação Lato sensu em Gestão Escolar Institucional IMES, atua como professora Regente da Educação Básica do Ensino Fundamental e Educação Especial na Rede Municipal de Educação de Poté – Minas Gerais.

INTRODUÇÃO

De acordo com Lück, 2000, o diretor escolar é um gestor da dinâmica social, um mobilizador e orquestrador de atores, um articulador da diversidade para dar-lhe unidade e consistência, na construção do ambiente educacional e promoção segura da formação de seus alunos. Atualmente, o diretor de escola é chamado a admitir seu papel político frente aos desafios exigidos pelo seu cargo. Além das atividades de administrador escolar, o diretor exerce a atuação da gestão, que abrange aspectos filosóficos e políticos. Devemos considerar que, esses aspectos vêm antes e acima da administração. A administração é uma das formas da gestão, pois compreende as atividades de planejamento, organização, direção, coordenação e controle. As formas mais conhecidas de gestão são: administração, co-gestão e auto-gestão.

A modificação de paradigma na gestão escolar é assinalada por uma forte intenção à adoção da compreensão e práticas interativas, participativas e democráticas, caracterizadas por movimentos decididos e integrais em que todos os envolvidos no processo educativo interagem, estabelecendo alianças, organização e parcerias.

Devemos salientar que a participação deve ser entendida como processo complexo, que envolve vários cenários e várias probabilidades organizativas. Não existe, pois, apenas um contorno ou conexão de participação. A sua construção não pode ser individual, deve ser construída coletivamente.

Gestão democrática é o resultado de um processo pedagógico coletivo que envolve, o conhecimento da legislação e também a implantação e consolidação de mecanismos de participação tais como conselho ou colegiado escolar e grêmios estudantis, que contribuem de maneira eminente para a autonomia da escola. A dimensão sócio-política da escola torna-se mais exigente e complexa e exige parceria e co-responsabilidade na sua gestão. A responsabilidade sócio-política da escola, não dispensa seus agentes sociais inseridos na comunidade escolar, nem o governo, nem a sociedade de lutar pela universalização da educação de qualidade e excelência.

Uma gestão democrática não se constrói sem um planejamento participativo, que conte com o envolvimento dos segmentos representativos da comunidade escolar nos processos de tomada de decisão, bem como na definição de metas e estratégias de ação. A participação dos diferentes segmentos da comunidade escolar nesse processo é fator relevante para o seu sucesso, pois agrega ao planejamento o compromisso e a co-responsabilidade na consecução de metas e objetivos definidos.

1. GESTÃO DEMOCRATICA: AS BASES DO SUCESSO ESCOLAR

Para oferecer um ensino adequado às necessidades de seus alunos, a escola precisa saber o que quer, envolvendo a equipe e a comunidade na definição das metas.

A gestão democrática constitui-se em determinação explicitada tanto na Constituição Federal, como na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Ela pressupõe uma escola participativa, marcada pelos princípios de inclusão e de qualidade para todos. Pode-se dizer que ainda estamos aprendendo democracia e que temos uma visão insuficiente e até mesmo distorcido a respeito desse importante componente político dos processos sociais em nossas instituições (não apenas nas escolares). Crer-se, limitadamente, que democracia se faz, sobretudo, com eleição de representantes e não com a participação de todos para a construção de um projeto comum. Democracia na escola constitui o seu fortalecimento institucional como unidade social capaz de assumir suas responsabilidades, de forma compartilhada e participativa, com transparência e orientação para que todos cresçam como cidadãos nesse processo. É esse foco da gestão democrática, e é fazendo isso que a escola constrói e conquista a sua autonomia. Observamos, no entanto que, em nome da gestão democrática, entendida inadequadamente, pratica-se na escola a falta de organização de ordem, de sentido comum, de cumprimento das responsabilidades sociais da escola. É bom lembrar que democracia pressupõe ordem e organização e é o seu estabelecimento no interior da escola, voltado para a formação da cidadania e aprendizagem que é o foco do trabalho do diretor escolar. (LÜCK,

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) de 1996 diz que a proposta pedagógica é um documento de referência. Por meio dela, a comunidade escolar exerce sua autonomia financeira, administrativa e pedagógica.

1.1 OS PRINCIPAIS FATORES QUE DEVEM NORTEAR O TRABALHO DE DIRETOR ESCOLAR

Quem assume os desafios de gestão escolar, como diretor, avoca a si responsabilidades especiais. Resumir aqui os principais fatores é temerário, pois as perspectivas dessa abordagem são múltiplas. Porém, podem-se indicar algumas questões cruciais. Em primeiro lugar, o entendimento de que enfrentar problemas é a questão mais natural do trabalho educacional com pessoas, pois educação pressupõe desenvolvimento, mudança e esforço nesse sentido. Lamentar que eles exista, representa negá-los e, dessa forma apresentar uma reação negativa em relação a eles. Aceitá-los, assumi-los, estar atentos à sua ocorrência e trabalhar para superá-los constitui condição do trabalho da gestão. Atuar com essa perspectiva representa promover processo educacional de qualidade e também desenvolver competências de gestão. Em segundo lugar apontaríamos a sensibilidade para o modo como as pessoas percebem e interpretam a escola, o processo educacional em todos os seus desdobramentos, e o seu papel pessoal no conjunto e as especificidades desse processo. Isso porque as pessoas atuam a partir dessa interpretação. Como gestão pressupõe um processo de mudança, esta apenas se processa a partir da mudança dessas interpretações. Outro aspecto importante diz respeito à clareza do foco do trabalho que é a aprendizagem e formação dos alunos, para cuja promoção tudo o que se realiza na escola deve estar voltado. Vale dizer que, de todas as dimensões da gestão escolar, a pedagógica deve ser a central, para a qual todas as demais devem convergir. Outro fator é o processo contínuo de organização da escola, monitoramento e avaliação contínuos de seu plano de ação, de modo a promover seu aprimoramento contínuo. Tudo realizado com elevado espírito de comprometimento e liderança. (LUCK,

1.2 GESTÃO PARA O SUCESSO ESCOLAR – ESSÊNCIA DA TAREFA EDUCATIVA

Diante das inúmeras dificuldades e carências que se apresentam à promoção da educação escolar, não raro, formuladores e executores de política educacional afastam-se da essência da tarefa educativa, concentrando-se em atividades-meio. Assim, é imprescindível que a gestão tenha sempre presente que “a escola é a instituição que a humanidade criou para socializar o saber sistematizado” (Penin & vieira, 2002) e tudo fazer para que sua função social seja cumprida com sucesso. A persistência do fracasso escolar entre tantas crianças e jovens em diversas partes do mundo torna imperativo reafirmar a especificidade da escola.

Enquanto espaço para onde convergem estudantes e professores, configurando se como uma comunidade de aprendizes. Sua razão de existir está intrinsecamente ligada à tarefa primordial de bem ensinar e aprender. Gestão escolar bem sucedida, portanto, é aquela voltada para a aprendizagem de todos os alunos. (Vieira, 2006).

Sendo a escola um espaço próprio à difusão do saber, todo o esforço nela realizado deve convergir para a aprendizagem daqueles para quem foi criada - sejam crianças, desde a mais tenra idade, sejam jovens e adultos. Por óbvia que tal afirmação pareça, é necessário nela insistir. Tantos são os problemas da prática, que a gestão corre o risco de desviar-se dessa finalidade aparentemente tão simples. De perder-se no emaranhado dos fios do novelo do cotidiano. E isso, bem se sabe, não pode nem deve ocorrer. o sucesso de uma gestão escolar, em última instância, só se concretiza mediante o sucesso de todos os alunos. daí porque é preciso manter como norte a gestão para uma comunidade de aprendizes.

1.3 PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DE UMA GESTÃO DEMOCRÁTICA

Freitas Neto (2005) observa que os novos requisitos educacionais, produtivos e sociais colocados, produzem inegáveis efeitos na formação, no tocante a uma maior competência ou qualificação real, termos que sintetizam o núcleo problemático dessa discussão. Esta problemática se expressa na necessidade de mudança na relação com o conhecimento, na superação de sua desvinculação com a prática, bem como, na superação de sua mercantilização extrema, sob pena de não se poder ingressar adequadamente na chamada era da comunicação ou da sociedade do conhecimento. Esta mudança envolve a compreensão da transitoriedade dos conhecimentos em nosso tempo, da ruptura de barreiras entre as diferentes áreas do conhecimento, de novas formas de sua utilização, da valorização da diferença, das múltiplas formas de sentir e aperceber-se da realidade e, sobretudo, da necessidade de um maior estreitamento do vínculo entre pesquisa-ensino-extensão que dá sentido ao nível superior de ensino.

Nesse sentido, segundo o estudo, “pesquisas recentes ressaltam aspectos importantes a serem considerados nas políticas e nas práticas de ensino, tendo em vista o enfrentamento da maior complexidade do mundo no qual vivemos”, dentre os quais se podem citar, segundo ainda Freitas Neto (2005):

· “O equilíbrio entre egressos e mercado de trabalho, considerando as mudanças que demandam os novos profissionais e as necessidades da sociedade”;

· “A exigência de uma nova forma de elaboração, aquisição e transmissão dos conhecimentos, com base nas novas tecnologias da informação e da comunicação e na visão interdisciplinar e da unidade teoria/prática”;

· “A adoção de abordagens que contemplem as diferenças, isto é, que valorizem distintas experiências e culturas locais, diversas epistemologias e espiritualidades”; - “a adoção de uma nova perspectiva à partir da problematização da noção de competência compreendida em sua dimensão construtiva, processual, coletiva, multifacetada e interdisciplinar do termo”. (FREITAS NETO, 2005).

Portanto, entende-se também que a “gestão, por sua vez, envolve estas atividades necessariamente, incorporando certa dose de filosofia e política, o que existe é uma dinâmica interativa entre ambas”. (LUCK, 2006, p. 99). Assim, segundo Khoury (2007) “no tocante a crise que a administração sofreu, pois tais teorias jamais foram capazes de conduzir a uma teoria satisfatória do que seja administrar”, não obstante, “surgiu à necessidade de um conceito mais abrangente que descrevesse a administração e suas alternativas”, vindo daí o conceito de gestão. Desta forma, explica Luck (2006, p. 99) que “a gestão não deprecia a administração, mas supera as suas limitações de enfoque dicotomizado, simplificado e reduzido, para atender as exigências de uma realidade cada vez mais complexa e dinâmica”.

Observa-se que a expressão gestão escolar em substituição à administração escolar, não é apenas uma questão semântica. Ela representa uma mudança radical de postura, um novo enfoque de organização, um novo paradigma de encaminhamento das questões escolares, ancorados nos princípios de participação, de autonomia, de autocontrole e de responsabilidade. (ANDRADE, 2004, p. 17).

E ainda se a verdadeira democracia caracteriza-se, dentre outras coisas, pela participação ativa dos cidadãos na vida pública, considerados não apenas como “titulares de direito”, mas também como “criadores de novos direitos”, é preciso que a educação se preocupe com dotar-lhes das capacidades culturais exigidas para exercerem essas atribuições, justificando-se, portanto a necessidade de a escola pública cuidar, de forma planejada e não apenas difusa, de uma autêntica formação do democrata. (PARO, 2000, p. 78).

Portanto, conforme já se pôde introduzir, “as grandes e contínuas transformações sociais, científicas e tecnológicas passaram a exigir um novo modelo de escola e conseqüentemente, um novo perfil de dirigente, com formação e conhecimentos específicos para o cargo e a função de diretor-gestor”. Dessa forma “a gestão democrática surge para fixar novas idéias e estabelecer na instituição uma orientação transformadora conforme sustenta a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 em seu artigo 206, inciso VI e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 em seu artigo 14”. (KHOURY, 2007).

E então, “participar da gestão democrática da escola significa que todos se sentem e efetivamente são partícipes do sucesso ou do fracasso da escola em todos os seus aspectos: físico, educativo, cultural e político”. Significa ainda “usar o espaço escolar como um recurso de Educação para todos, na perspectiva do aprender a viver juntos, de tal forma que os espaços públicos e particulares possam ser respeitados, de modo ativo, ou seja, no sentido de agir a favor de um modo mais satisfatório de vida para todos”. Portanto, “faz-se necessário, por sua vez, que a comunidade, os usuários da escola sejam os seus dirigentes e gestores”, vez que “na gestão democrática pais, alunos, professores e funcionários assumem sua parte de responsabilidade pelo projeto da escola”. (KHOURY, 2007).

Portanto, “uma gestão democrática precisa da participação ativa da comunidade escolar, no momento de partilhar o poder e tomar uma decisão. Implica a efetivação de novos processos de organização e gestão baseados em uma dinâmica que favoreça os processos coletivos e participativos de decisão”. Nesse sentido “a participação constitui uma das bandeiras fundamentais a serem implementadas pelos diferentes atores que constroem o cotidiano escolar”. (KHOURY, 2007).

E então, observa-se ainda que “a própria sala de aula é um lugar de gestão e, principalmente, de aprendizagem da gestão democrática, não só da escola, mas da vida”, e então “exercitar a gestão democrática na escola é uma forma de ensinar e aprender”. (LUCKESI, 2007). Khoury (2007) observa também que “a função primordial do gestor escolar, baseada na liderança e competência, é manter a escola em atividades harmoniosas, participativas e produtivas, delegando, acompanhando e exigindo tarefas com autenticidade e ponderação, transformando o discurso em ação”. E “assim como a essência da gestão é fazer a instituição operar com eficiência, a eficácia da gestão depende, em grande parte, do exercício da liderança”. (ANDRADE, 2004, p. 17).

Como ainda analisa com correção Luck (2006, p. 15) “é pela gestão que se estabelece unidade, direcionamento, ímpeto, consistência e coerência a ação educacional, a partir do paradigma, ideário e estratégias adotadas para tanto”. Em suma, “aperfeiçoa-se e qualifica-se a gestão para maximizar as oportunidades de formação e aprendizagem dos alunos”, sendo que “a boa gestão é, pois identificada, em última instância, por esses resultados”. (KHOURY, 2007).
Para Araújo e Santos (2009) “visando à necessidade de refletir sobre a realidade da Instituição e da sociedade”, se deve priorizar “momentos de discussões em torno das concepções e princípios relacionados à educação, vinculados à formação do homem”, sempre “na visão da racionalidade emancipatória possibilitando a participação de todos os sujeitos engajados, bem como a prática do princípio adotado pela Instituição Educacional”. Trata-se precipuamente de “princípios de autonomia e participação”, bem como de “uma nova pedagogia que se baseia no diálogo e não somente na transferência do conhecimento”.
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, no seu Art. 3º, incisos I e XI: Art.3º. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I- Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II- Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; III- Pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas; IV- Respeito à liberdade e apreço à tolerância; V- Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; VI- Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; VII- Valorização do profissional da educação escolar; VIII- Gestão Democrática do Ensino Público, na forma desta lei e da legislação dos sistemas de ensino; IX – Garantia de padrão de qualidade; X – Valorização da experiência extra-escolar; XI – Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.

Portanto, para autores como Veiga e Fonseca (2001), “a questão oportuna referente à construção do Projeto Político Pedagógico, é o fato de constituir um processo que defina caminhos para a escola, caracterizando as ações intencionais à formação humana, amparada por princípios filosóficos, epistemológicos e pedagógicos”. Portanto, não se pode deixar de “priorizar os princípios que se propõe a escola pública e gratuita destinada e comprometida por todos os envolvidos no processo educativo como: professores, equipe técnica, alunos, seus pais e a comunidade como um todo” (VEIGA e FONSECA, p.51, 2001).

1.4 GESTÃO DEMOCRÁTICA X AUTORITARISMO

Conforme Oliveira (2009) “a liderança é uma habilidade que pode ser desenvolvida e exercida a cada dia” e “o gestor escolar deve agir como líder, pensando no progresso de todos que fazem parte de sua equipe”. Desta forma, entende ainda que “o gestor deve ser democrático, opinar e propor medidas que visem o aprimoramento dos trabalhos escolares, o sucesso de sua instituição, além de exercer sua liderança administrativa e pedagógica, visando a valorização e desenvolvimento de todos na escola”.

Portanto, um gestor líder é capaz de desenvolver o potencial de trabalho de toda sua equipe, fazendo com que esta se sinta capaz de transformar e realizar com sucesso todos os projetos desenvolvidos pela instituição de ensino. Para conduzir sua equipe o gestor competente sempre tem um propósito a ser concretizado e uma estratégia de ação para conquistar seus objetivos. Esse é o ponto de partida para que as ações da equipe escolar sejam bem sucedidas e quando uma de suas estratégias falha, o gestor educacional incentiva sua equipe a descobrir o que é necessário fazer para dar um passo a diante. O gestor escolar deve ter consciência de que sua equipe não se limita a alunos, professores e demais funcionários internos da instituição. A equipe escolar é composta também pelos pais dos alunos e por toda a comunidade de forma geral, que deve ser mobilizada para que juntos possam promover o principal objetivo de toda equipe escolar: a aprendizagem dos alunos. Uma escola que viabiliza o sucesso escolar de seus alunos tem nesse fator sua maior propaganda de marketing, pois justamente por se sentirem satisfeitos com o sucesso escolar de seus filhos, os pais se empenharão mais em colaborar com o desenvolvimento das atividades escolares, projetos e até mesmo na divulgação do nome da instituição de ensino. (OLIVEIRA, 2009).

E então se compreende claramente a importância do papel de líder democrático que se exige do gestor. De forma que “é fundamental ao gestor a habilidade em gerenciar conflitos, pois toda instituição escolar, assim como qualquer outra instituição muitas vezes se depara com conflitos que podem ocorrer entre os membros da equipe”, isso porque, naturalmente, “cada ser humano possui características individuais; conflitos esses que podem ser ocasionados por fatores externos ou internos ao ambiente de trabalho”. Por outro lado, segundo ainda a autora, “é necessário acreditar no potencial que cada indivíduo possui, mesmo que esse potencial ainda precise ser desenvolvido e ouvir o que as pessoas têm a dizer é essencial quando se pratica a liderança, pois é impossível para um líder desenvolver trabalhos e conquistar sozinho seus objetivos”. Portanto, “o ponto de vista de cada integrante da equipe é importante para a conquista de objetivos em comum”, de modo que “o trabalho em equipe, as opiniões diferenciadas e o pensamento individual de cada um são fundamentais para que se construa o sucesso coletivo”. (OLIVEIRA, 2009).

Sobre a gestão democratizada, importa observar que, a gestão democratizada sente a necessidade da presença do líder, do mediador, articulador das relações intersubjetivas, das vontades e dos conflitos. O poder do líder fundamenta-se na vontade coletiva dos agentes que devem ser em primeiro lugar cidadãos plenos para que possam romper as amarras da servidão aos interesses de manipulação. (SQUILASSE, 1999 p.40).

Dessa formas, crê-se que “na prática, quem responde diretamente por essa cobrança no dia-a-dia é o diretor escolar”, sendo que “numa democracia, ninguém deve ser educado para obedecer, mas sim para colaborar e respeitar os direitos alheios” e então, “no afã de evitar o autoritarismo, corremos o risco de cair no excesso de liberdade, que pode levar ao desrespeito e à confusão entre os conceitos de autoridade e autoritarismo”. (OLIVEIRA, 2009).

Bem complementa Oliveira (2009) ao dizer que, embora o grande foco do gestor deva ser a aprendizagem dos alunos, de forma alguma isso diminui a importância do coordenador pedagógico. A parceria entre os dois é uma das mais relevantes na construção de uma escola de qualidade. Para isso, eles precisam estar sempre muito afinados. A principal função do coordenador é cuidar da formação dos professores, um dos aspectos decisivos para implementar o projeto pedagógico decidido coletivamente pela comunidade escolar (processo que, como um todo, é de responsabilidade do gestor). Até bem pouco tempo, o modelo de direção da escola, era o de diretor submisso aos órgãos centrais, e seu papel se restringia a de guardião e administrador de determinações estabelecidas pelas instâncias superiores. A intensificação sobre a autonomia da escola se deu a partir da década de oitenta, quando tomaram posse os primeiros governadores eleitos pelo voto direto. O debate sobre a autonomia da escola toma corpo e possibilita modificação na terminologia e avaliação da atuação administrativa, que passa a ser denominada como gestão e, mais particularmente, gestão democrática. Com o Parecer CEE 67/98, temos: ... a autonomia da escola não deve ser um discurso vazio. Define-se em função de prioridades, visa reverter a baixa produtividade do ensino e deve estar comprometida com a meta da redução da repetência e com a melhoria da qualidade do ensino.

Isso porque para Luck (2000) “o diretor escolar é um gestor da dinâmica social, um mobilizador e orquestrador de atores, um articulador da diversidade para dar-lhe unidade e consistência, na construção do ambiente educacional e promoção segura da formação de seus alunos”. Assim, analisa-se que “atualmente, o diretor de escola é chamado a admitir seu papel político frente aos desafios exigidos pelo seu cargo”, sendo que “além das atividades de administrador escolar, o diretor exerce a atuação da gestão, que abrange aspectos filosóficos e políticos”. Devemos, pois, “considerar que, esses aspectos vêm antes e acima da administração”, sendo que “a administração é uma das formas da gestão, pois compreendem as atividades de planejamento, organização, direção, coordenação e controle” e que “as formas mais conhecidas de gestão são: administração, co-gestão e auto-gestão”. (OLIVEIRA, 2009).

Portanto, uma das grandes diferenças entre a gestão democrática e as práticas autoritárias observa-se quando “a modificação de paradigma na gestão escolar é assinalada por uma forte intenção à adoção da compreensão e práticas interativas, participativas e democráticas”, caracterizadas “por movimentos decididos e integrais em que todos os envolvidos no processo educativo interagem, estabelecendo alianças, organização e parcerias”. Portanto, deve-se “salientar que a participação deve ser entendida como processo complexo, que envolve vários cenários e várias probabilidades organizativas”. Assim, “não existe, pois, apenas um contorno ou conexão de participação”, sendo que “a sua construção não pode ser individual, deve ser construída coletivamente”. (OLIVEIRA, 2009).

Indaga e responde então a própria autora analisada, a escola, pelo que observamos, nem sempre, ou diria, raramente, é pautada pelo princípio de que deva ser governada por interesses dos que estão envolvidos. Será que existe, na verdade, interesse em uma gestão democrática? Qual seria então o papel da democracia na escola? Dentro de um contexto da rede pública, Observa-se pelo que tenho notado, que o gestor ou diretor escolar assume uma nova centralidade organizacional, sendo o que deve prestar contas pelos resultados educacionais conseguidos, transformando-se no principal responsável pela efetiva concretização de metas e objetivos, quase sempre centrais e hierarquicamente definidos. Neste sentido, esta concepção de gestão introduz uma nova nuance na configuração das relações de poder e autoridade nos sistemas educativos. Trata-se de uma autoridade cuja legitimidade advém agora da revalorização neoliberal do “direito a gerir” — direito este, por sua vez, apresentado como altamente convergente com a idéia neoconservadora que vê a gestão ao serviço de uma nova ordem social, política e econômica, com formas de avaliação que facilitam a comparação e o controle de resultados, embora no primeiro modelo se exija sempre a sua divulgação pública e no outro essa prestação de contas se faça diretamente às hierarquias de topo da administração. (OLIVEIRA, 2009).

Dessa forma, explica ainda com propriedade a autora, que “democracia refere-se à forma de governo ou a governo da maioria”, tornando claro que “as relações cotidianas no âmbito escolar, deveriam explicitar esta linha de ação”, porém “sabendo-se que toda gestão, pressupõe uma ação e a palavra ação é justamente o oposto da inércia, do comodismo, espera-se do gestor educacional atitudes compromissadas de construir, de fazer”, embora o que avistem diversas vezes, “são atitudes autoritárias, seguindo uma linha horizontal, onde os princípios democráticos não se inserem; visto que a escola deve ser vista como um lugar privilegiado para a construção do conhecimento”, bem como um “eixo base das relações humanas, viabilizando não só a produção de conhecimentos como também de atitudes necessárias à inserção neste novo mundo com exigências cada vez maiores de cidadãos participativos e criativos”. (OLIVEIRA, 2009).
No entanto, segundo a autora, “seria para muitos, um exagero em considerar a gestão escolar na esfera pública, autoritária”. Porém, explica-se que “partindo-se que o autoritarismo está ligado a práticas antidemocráticas e anti-sociais e estas, permeiam sutilmente a gestão das escolas públicas, creio que este termo não estaria sendo utilizado de forma errada, a afrontar a administração pública”. Mas para a mesma autora, “a questão do controle, do poder aprisionado nas mãos de diretores e superiores ainda é prática constante”, e que “administrar escolas é tarefa árdua, porém, dentro dos moldes do autoritarismo, legitima-se então, traumas antigos em que a sociedade se mostra ainda fragilizada, com medo, sem liberdade de se expressar e covardemente cedendo lugar às ideologias”. E infelizmente, apesar de toda a inovação de pensamento, ainda se percebe “na gestão educacional, uma administração voltada com ações na verdade, reprodutoras de uma sociedade infelizmente alienada e passiva”, que dita “regras e não estabelecendo uma relação dialógica ideal com os envolvidos, estabelecendo meramente uma transmissão de ordens, alegando na maioria das vezes cumprirem determinações que lhes vem de cima não proporcionando assim, momentos para discussão”. (OLIVEIRA, 2009).

CONSIDERAÇOES FINAIS

Conforme Paulo Freire (2004) em seus ensinamentos nos fala, todos nós somos seres inacabados, inconclusos. E, sendo assim, toda conclusão causa-me uma certa angústia, pois parece que algo chegou ao fim. E percebo, assim, que quanto mais aprendo mais tenho que aprender.

Uma escola democrática não é aquela em que todos fazem o que querem, mas sim aquela em que todos fazem o que é bom para todos, gerindo democraticamente uma sala de aula e criando condições de respeito mútuo de aprendizagem para todos os alunos, respeitando-lhes as diferenças e trabalhando-as em benefícios deles mesmos.

Cabe a escola colocar ao alcance de todos o patrimônio cultural da humanidade, uma escola democrática inclusiva que se proponha formar cidadãos lúcidos, críticos, honestos, competentes, cônscios, de seus direitos e seus deveres.

Percebemos que o estudo das práticas de organização e de gestão da escola é indispensável para a construção de uma escola democrática e participativa, que prepare os alunos para a cidadania plena. Bem como as formas de gestão e de tomada de decisões, as competências e procedimentos necessários à participação eficaz na vida da escola, incluindo a elaboração e discussão pública do projeto pedagógico.

Dessa forma, em suma, poder-se-ia dizer que “faz-se necessário reestruturar o papel da escola, que vai além da mera transmissão de conhecimento, a fim de formar pessoas para um mundo mais justo e solidário” e obviamente “para que isso aconteça necessitamos ter uma prática educacional pautada na justiça e na solidariedade humana”. Portanto, é também fato que “hoje vivemos a transição para a sociedade da informação que exige outra postura da figura diretor-gestor” e que “o acesso e o domínio desse conhecimento são um direito de todos os indivíduos e cabe à escola realizar essa tarefa”. Portanto, “a democratização da educação passa pela democratização do conhecimento produzido e isso só será possível através da construção de um novo tipo de gestão onde se busca a transformação da sociedade e da escola por meio da participação de todos”. (VAZ, 2008).

Observou-se ainda que “atualmente, não se aborda mais o conceito de administrador; fala-se em gestor” e que “nessa perspectiva, a direção da escola deve ser entendida como um trabalho que se desenvolve no coletivo, com ampla participação de toda comunidade escolar”. Logo, “o papel do gestor escolar, conhecido como Diretor de escola, em uma visão democrática de gestão, está diretamente ligado ao conhecimento/interação deste com a comunidade na qual sua escola está inserida”. Assim, “o gestor deve proporcionar, no ambiente escolar, ações que viabilizem a participação de todos, de forma compartilhada, como também garantir a formação continuada de seus profissionais, contribuindo para a qualificação da prática pedagógica”, pois será justamente “esse gestor quem irá fazer o sucesso do aluno”. Além disso, “cabe a ele, juntamente com o grupo, elaborar planos de ação para a aplicação dos recursos financeiros e fazer uso da tecnologia para uma melhor comunicação entre todos”. (VAZ, 2008). É isso que se espera de uma escola que é o berço de uma sociedade.



REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ARANHA, Antônia Vitória Soares. Gestão Educacional novos olhares – novas abordagens. Petrópolis: Editora Vozes, 2005.

BRASIL, Presidência da República. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.9394/96, de 20 de dezembro de 1996 (Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional). São Paulo: Editora do Brasil, 1996.
de Chile.

CHIAVENATO, Idalberto. Teoria Geral da Administração. Rio de Janeiro: Campus, 2002, 537p.

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

DUTRA, Joel Souza. Gestão de Pessoas: Modelo, Processos, Tendências e Perspectivas. São Paulo: Atlas, 2002, 210p.

FREITAS NETO, Umbelino. (COORD). PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA, Agosto 2005. Disponível em: http://www.prg.ufpb.br/ppi.html. Acesso em Julho de 2009.

FREITAS, Ione Campos. LDB é a sigla correspondente a Lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional. Disponível em: http://democracianaescola.blogspot.com/2009/04/ldb-e-sigla-correspondente-lei-de.html. Acesso em Julho de 2009.

GADOTTI, Moacir. Autonomia da escola: princípios e propostas. São Paulo: Cortez: Instituto Paulo Freire, 2000. (Guia da escola cidadã, 1).

LÜCK, Heloísa. A dimensão participativa de gestão escolar. Gestão em Rede, n. 9, p. 13-17, ago. 1998.

LUCK, Heloísa. Gestão educacional: uma questão paradigmática. v. 1. Petrópolis: Vozes, 2006.

LÜCK, Heloísa. O desenvolvimento de redes escolares. Revista Gestão em Rede, nº 23, set/ 2000, p. 18-21.

LUCK, Heloisa. Perspectivas da Gestão Escolar e Implicações quanto a Formação de seus Gestores, Em Aberto, Brasília, v. 17, n. 72, p. 7-10, fev./jun. 2000. Disponível em: http://www.rbep.inep.gov.br/index.php/emaberto/article/view/1088/990. Acesso em Julho de 2009.

LÜCK, Heloísa. Qualidade em gestão é tendência mundial. Gestão em Rede, n. 1, p. 15-18, set. 1997.

LUCKESI, Carlos Cipriano. Gestão Democrática da escola, ética e sala de aula. ABC Educatio, n. 64. São Paulo: Criarp, 2007.

OLIVEIRA, Maria Auxiliadora Monteiro. Gestão Educacional: novos olhares, novas abordagens. Petrópolis: Vozes, 2005, 119p.

OLIVEIRA, Marinalva. Democracia ou autoritarismo. Disponível em: http://www.webartigos.com/articles/19636/1/democracia-ou-autoritarismo/pagina1.html. Acesso em Julho de 2009.

PARO, Vitor Henrique. Administração escolar: introdução crítica. São Paulo: Autores Associados, 2000.

PENIN, s.; Vieira, S. L. Refletindo sobre a função social da escola. In. Vieira, s. L. (org.) Gestão da escola: desafios a enfrentar. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. p.13-45.

SOUSA, Valdivino Alves. GESTÃO ESCOLAR. Disponível em: http://www.webprofessores.com/novo/artigos/impressao.php?autor=157&artigo=303&tipo_autor=professor. Acesso em Julho de 2009.

SQUILASSE, Maria do Carmo. Paradigmas organizacionais em gestão escolar: um estudo piloto. In Revista de Administração Educacional. Recife, Jul/Dez, 1999.

VAZ, Márcia Cristina Dias. Gestão Participativa. Disponível em: http://www.webartigos.com/articles/5895/1/gestao-participativa/pagina1.html. Acesso em Julho de 2009.

VEIGA, Ilma Passos Alencastro e FONSECA, Marília. As dimensões do projeto político-pedagógico: novos desafios para a escola. Campinas, SP: Papirus, 2001

2ª etapa do estagio supervisionado

UNIVERSIDADE LUTERANA DA BRASIL – ULBRA

COMUNIDADE LUTERANA – SÃO PAULO

CURSO DE PEDAGOGIA

RELATORIO DO ESTÁGIO CURRICULAR IV

IVANETE BATISTA SANTOS ZAPULA

POTÉ, OUTUBRO DE 2011

IVANETE BATISTA SANTOS ZAPULA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR IV

AMBIENTES NÃO ESCOLARES

RESPONSABILIDADE SOCIAL

Relatório necessário para obtenção parcial da Graduação do Curso de Pedagogia EAD da Universidade Luterana do Brasil – ULBRA.

Professor Regente: Adriana Schardong

Professor Tutor Virtual: Hans Gert Rottmann

Professor Tutor Presencial: Renata Ferreira de Sousa

POTÉ – MINAS GERAIS

2011



04

05

08

09

09

10

16

17

18

19

21


SUMÁRIO

Introdução ..................................................................................................................

Caracterização da Realidade da Instituição............................................................

Projeto: Violência contra Crianças e Adolescentes...............................................

Resumo.......................................................................................................................

Caracterização da Organização da Entidade/Ambiente não Escolar....................

Contexto do Ambiente do Projeto............................................................................

Avaliação.................................................................................................................

Analise da Prática do Estágio..............................................................................

Considerações Finais............................................................................................

Referencias Bibliográficas........................................................................................

Anexos........................................................................................................................

INTRODUÇÃO

A importância de observar a atuação do pedagogo em espaços não escolares se faz necessário para nossa formação acadêmica, pois nos sabemos que ser pedagogo na atual realidade implica na construção de saberes, competências e habilidades que extrapolam a profissão docente. Nesse contexto, a pedagogia social (MOURA e ZUCHETTI, 2006) apresenta-se como uma possibilidade de realização de práticas pedagógicas em diferentes espaços sociais.

Assim, é necessário a aproximação desses espaços no processo de formação inicial. Para isto o Estágio Supervisionado IV foi realizado na Casa do Idoso Jorge Zapula que fica localizado na Rua, com o intuito de perceber a atuação e o desenvolvimento do trabalho pedagógico em espaços não escolares.

O primeiro momento do estágio foi um período de observação que tinha como objetivo a instituição como um todo (espaço físico, infra-estrutura, funcionamento, organização administrativa e projetos pedagógicos). O segundo momento foi a docência supervisionada, o momento de vivenciar a relação teoria e prática inerente ao processo de formação. E por fim a construção de um Relatório analítico relatando o trabalho realizado que teve como procedimentos metodológicos os PCN'S e outros aportes teóricos como LEITE (2007)HAYDAT (1995) e outros teóricos estudados no processo de formação até o momento.

Vale ressaltar que, a formação acadêmica contribui para o estágio, pois ela capacita o futuro profissional em educação para que ele desenvolva melhor sua prática pedagógica.

Portanto é esperado a partir desse trabalho conhecer a prática profissional do pedagogo em espaços não escolar.




1. CARACTERIZAÇÃO DA REALIDADE DA INSTITUIÇÃO

1.1 Nome da Instituição: Casa do Idoso Jorge Zapulla

1.2 Nome dos Supervisores:

Professor Regente: Dra. Maria Clara Ramos Nery

Professor Tutor Virtual: Hans Gert Rottmann

Professor Tutor Presencial: Renata Ferreira dos Santos

1.3 Nome da Disciplina de Estagio: Estagio Curricular IV – Ambientes não Escolares

1.4 Nome da Instituição onde realizou o estagio: Casa do Idoso Jorge Zapulla

1.5 Data:

1.6 Semestre: 2º semestre

1.7 Ano: 2011

1.8 Histórico da Instituição

A Casa do Idoso Jorge Zapula, esta localizada na Rua Dom Pedro II, bairro Floresta no município de Poté – Minas Gerais. A mesma foi constituída em 01/04/1995, sendo uma entidade civil sem fins lucrativos, que terá duração por tempo indeterminado e se regerá pelo presente estatuto.

Tomamos a concepção proposta por Humberto Maturana (1999), na qual a educação é um processo de interação que ocorre o tempo todo, confirmando o conviver em sociedade e ressaltando seus efeitos de longa duração, suas características conservadoras, além de sua constituição como via de mão dupla onde quem educa é, ao mesmo tempo, educado – bem ao gosto da Pedagogia Freireana – porque demarca sua amplitude – para além da instituição escola – e contextualiza o âmbito das práticas educativas sobre as quais nos referimos.

A casa do Idoso Jorge Zapulla, situada à Rua D. Pedro II – Bairro Floresta – no Município de Poté, é uma entidade sem fins lucrativos, tem duração por tempo indeterminado, é constituída por número ilimitado de sócios, maiores de 28 anos e é regida por um estatuto; apresenta registro jurídico CNPJ nº 038311202/ 0001-73. Atualmente é representada por sua presidente Nilda Maria Soares Gomes e mais cinco membros da diretoria; também há composição de um conselho fiscal sendo três membros efetivos e três suplentes.

Vale lembrar que seu nome e deu em homenagem à Jorge Zapulla, ex-combatente de guerra do município (recrutado mas não chegou a lutar), homem público, descendente de italianos, que sempre apoiava eventos e obras sociais. A entidade supre citada, presta atendimento a 18 (dezoito) idosos, muitos deles sem família e alguns deles com deficiências físicas e mentais.

No tocante, a manutenção de despesas é obtida com a concretização de parcerias com comerciantes, Prefeitura Municipal de Poté, doações da sociedade civil. Não há registro de prêmios recebidos, no entanto há conquistas grandiosas como, aquisição de veiculo e através de uma doação, sede própria, dentre outras.

1.9 Publico Alvo

População Idosa

1.10 Relato das Observações da pratica de estagio com relação à instituição, ao publico alvo onde e com que o aluno realiza o estagio curricular IV

Durante as observações, conheci as repartições da casa do Idoso Jorge Zapulla. Foi observada, a maneira de como os idosos são tratados naquela instituição. Além disso, apresentei as atividades que iria realizar ao diretor da casa no quais fizeram suas sugestões para que fossem feitas adaptações para melhor aproveitamento.

Mais do que uma Prática de Estágio foi uma grande experiência de vida, por que além de colaborar para o desenvolvimento, percebi que estava lá como uma pessoa que lhes transmitia carinho, atenção e motivação para vencerem as inúmeras barreiras que lhes são impostas não só por serem idosas, mas por também terem problemas sócio-afetivos. Enfim, me senti realizada como uma futura profissional da Educação.

CASA DO IDOSO JORGE ZAPULLA

O IDOSO E O SEU BEM ESTAR SOCIAL

SETEMBRO, 2011

RESUMO

A palavra asilo quer significar, de acordo com o Aurélio, "casa de assistência social, onde se sustentam e educam mendigos, órfãos, velhos e carentes". Com o correr dos anos, uma instituição deste tipo freqüentemente deteriora, isola-se do resto da comunidade, tornando-se um gueto ou um cisto social de excluídos. Daí o surgimento da conotação negativa para a palavra asilo. Em nosso estudo, nos deparamos com uma realidade muito diferente, afastada da ideal. Os idosos residentes no asilo São Francisco de Assis, por exemplo, não contam com atividades que visam uma melhoria na qualidade de vida e bem estar físico, convivem com uma deficiência total de atividades recreativas e a ausência de programas que estimulem o lazer, contribuindo diretamente para que a vida destes idosos se torne cada vez mais ociosa.

2. CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE/AMBIENTE NÃO ESCOLAR

A Casa do Idoso Jorge Zapulla, constituída em 01/04/1995, é uma entidade civil sem fins lucrativos, que terá duração por tempo indeterminado e se regerá pelo presente estatuto. A mesma tem por finalidade dar abrigo aos idosos atendimentos médicos, odontológica e alimentar, recreação e toda assistência que for necessária inclusive religiosa e trabalho manual. No desenvolvimento de sua atividade a Casa do Idoso Jorge Zapulla terá um regimento interno, que aprovado pela Assembléia geral disciplinará o seu funcionamento.

No desenvolvimento de suas atividades a Casa do Idoso Jorge Zapulla não fará qualquer discriminação de raça, cor, sexo ou religião. A fim de cumprir sua finalidade a entidade se organizará em tantas unidades de prestação de serviços quanto se fizerem necessárias, as quais se regerão pelo regimento interno. A casa do Idoso Jorge Zapulla é constituída por numero ilimitado de sócios, maiores de 28 anos, distribuídos nas seguintes categorias:

SOCIOS FUNDADORES – São aqueles que participaram da assembléia de constituição da entidade e assinaram a respectiva ata.

SOCIOS CONTRIBUINTES – São os que contribuem com uma importância mensal no valor e na modalidade estabelecida pela diretoria.

SOCIOS BENFEITORES - São os que contribuem com a entidade espontaneamente e periodicamente, sem que a mesma estipule a forma ou a quantia.

SOCIOS BENEMÉRITOS – São os que prestam à entidade relevantes serviços, pertencendo ou não ao quadro social, sendo os mesmos indicados pela Assembléia Geral.

SOCIOS HONORARIOS – São os que prestam à entidade serviços, não pertencem ao quadro social e não moram na comunidade ou no município.

A casa do Idoso Jorge Zapulla será administrada por Assembléia Geral, Diretoria e Conselho Fiscal. A Assembléia Geral, órgão soberano da entidade, constituir-se-á dos sócios em pleno gozo de seus direitos estatutários. Sendo que a mesma se realizará ordinariamente uma vez por ano para apreciar o relatório anual da diretoria, discutir e homologar as contas e o balanço aprovados pelo Conselho Fiscal, apreciar, aprovar ou reprovar o Plano de Aplicação dos recursos da Casa do Idoso Jorge Zapulla.

A convocação da Assembléia Geral será feita por meio de edital afixado em local público, publicado na imprensa local, por circulares ou outros meios convenientes, com antecedência mínima de 08 dias.

A capacidade da Casa é de no máximo 40 moradores podendo ser eles homens ou mulheres, independente de idade, com restrição apenas no quadro clínico que em alguns casos necessitam de um atendimento mais especializado.

É de responsabilidade da Casa atendimento médico emergencial, serviços de terapia, alimentação, serviços de lavanderia bem como a manutenção.

A casa possui 10 cômodos entre eles quartos, banheiros, salas, refeitório, cozinha, lavanderia, escritório e área de lazer. Atualmente conta com o apoio da Prefeitura Municipal, Secretária Municipal de Saúde, Fundação de Assistência Social.

CONTEXTO DO AMBIENTE/PROJETO

O idoso tem sido encarado de formas diferentes ao longo dos tempos e nas diversas culturas. Por exemplo, nas sociedades Orientais é-lhe atribuído um papel de dirigente pela experiência e sabedoria. Nas sociedades Ocidentais, apesar de ter sido considerado, até há algum tempo atrás, como um elemento fundamental na sociedade, pelos seus conhecimentos e valores para as populações mais jovens, atualmente tem uma imagem e um papel social quase insignificante, sendo a diminuição das suas capacidades, num contexto de produtividade, um dos fatores mais referenciados. Por outro lado, o idoso, por usufruir de reformas e pensões muito baixas, viver muitas vezes em habitações degradadas e ter grandes despesas com a saúde, fica numa posição social muito vulnerável à precariedade econômica. O idoso é ainda vulnerável à exclusão social, pela condição de reformado, sem relação com o trabalho e com os colegas, pela dificuldade de comunicação com as gerações mais jovens, pelo isolamento em relação à família, pela perda de autonomia física e funcional e ainda pelas dificuldades da adaptação às novas tecnologias (Sílvia, 2001).

De fato, para além da privação de meios a que naturalmente os idosos, estão votados, existem tecnologias recentes que ampliam as dificuldades de acesso aos direitos sociais básicos.

Este quadro agrava-se para alguns idosos ainda mais, pelo fato de terem que partilhar o seu reduzido rendimento com familiares a seu cargo (netos, filhos tóxico dependentes, etc…).

Devido à insuficiência de medidas de política social, capazes de garantir condições econômicas mínimas a quem fez a sua vida profissional numa época em que não se realizavam contratos, nem descontos para a segurança social, configura-se-lhes um quadro de vida em que a pobreza é o culminar “inevitável” de uma trajetória social cuja precariedade impediu a acumulação de todo e qualquer tipo de recurso.

Face à panóplia de questões caracterizadoras do idoso na sociedade atual, surge o debate em torno do envelhecimento e das respostas sociais de apoio às pessoas idosas.

Segundo Pimentel (2001), a pressão que o envelhecimento populacional causa nos sistemas de Segurança Social pode ter custos sociais elevados, decorrentes da forma como o sistema é financiado. A técnica que é utilizada para este fim, segundo Rosa (1993), baseia-se numa conversão automática das contribuições dos indivíduos ativos em pensões, implicando que haja um equilíbrio entre as quotizações e as prestações. No entanto, este sistema segundo a mesma autora, tende a originar um mal-estar social e conduz a um conflito entre gerações com conseqüências graves para a sociedade, uma vez que são as gerações mais novas que contribuem para o financiamento das pensões de velhice, aumentando deste modo as despesas sociais.

Comunga da mesma opinião Roussel (1990), ao referir que, apesar de os idosos constituírem um grupo social com algum poder e capaz de exercer pressão política e econômica, as outras gerações, sobretudo em épocas de crise, podem não entender os benefícios dos idosos e considerá-los excessivos.

Posição diferente apresenta Cabrillo & Cachafeiro (1992), ao referirem que a questão fundamental não se centra na distribuição das despesas públicas, mas sim na integração social dos idosos, que podem e devem desempenhar uma função ativa na vida social, não constituindo, assim, uma carga para as gerações mais jovens.

JUSTIFICATIVA

O envelhecimento populacional vem se constituindo uma preocupação emergente na agenda de inúmeros governantes. Ouvimos com freqüência que o Brasil não é mais um país jovem. Os idosos que representavam apenas 3,2% da população geral de 1900 e 4,7% em 1960, poderão atingir 13,8% no ano de 2025. No período de 1960 a 2025, espera-se que o crescimento da população idosa seja de 917% enquanto que o ritmo de aumento da população total deverá cair para 250%.

Hoje, temos aproximadamente 11 milhões de pessoas com mais de 60 anos (idosos) e projeções indicam que seremos o 6O país do mundo em número de idosos no ano de 2020, com aproximadamente 32 milhões de idosos.

Sendo este um rápido e violento aumento da população idosa, não terá havido tempo suficiente para que o país se capacite para lidar de modo adequado com esta população. São previsíveis as situações relacionadas a preconceito, marginalização social, pobreza, abandono, doenças, incapacidades e baixa qualidade de vida. O problema do menino de rua dará lugar ao do idoso de rua. Não há presentemente uma política do estado visando alguma prevenção dessa avalanche de problemas.

Ao mesmo tempo, a mulher, hoje a tradicional cuidadora dos idosos da família, estará cada vez menos disponível para esse tipo de função, em virtude de seu engajamento cada vez maior no mercado de trabalho. Ademais, a própria família estará cada vez menor, em virtude da urbanização, e mais fragmentada, devido à facilidade para separações conjugais e, assim, sempre menos apta para cuidar de seus idosos. Famílias menores residem em apartamentos pequenos, sem espaço para idoso. E, até aqui, os sistemas formais de suporte não têm sido capazes de substituir a família com eficiência.

As dimensões do problema da previdência social brasileira são colossais e não é provável que se consiga solução adequada em poucos anos. É muito provável que a situação socio-econômica de diversos idosos persista instável, insegura e/ou plenamente deficitária nos próximos vários anos.

A população que vai entregue a esse tipo de instituição é aquela com uma família incapacitada ou sem família; com dificuldade para prover o próprio sustento; rica em incapacidades físicas e mentais; considerada pouco atrativa para o convívio social por parte dos outros agrupamentos sociais.

As instituições residenciais de longa permanência precisam estar sempre sendo arejadas e reformadas, em constante refazer dos laços com a comunidade.

É muito desejável que o jovem universitário, um indivíduo muitas vezes oriundo das elites e inexperiente, possa ter contato com os mais relevantes problemas sociais. Serve para forjar no seu caráter o sentimento de responsabilidade social, além de ter um papel humanizador, Presta-se para angariar desde já a sua colaboração na difícil empreitada de tentar reduzir o sofrimento e a falta de condição daqueles menos privilegiados. Serve para a aprendizagem do respeito ao outro indivíduo humano, não importando quais as suas deficiências e limitações.

É fundamental marcar que a capacidade de respeitar e de ajudar não é inata no ser humano e nem sempre estará já pronta e disponível no jovem estudante. Precisa ser estimulada e cultivada no jovem. Ao longo dos anos de existência do Projeto Lar dos Idosos, pudemos constatar que o ambiente das casas para idosos tem se mostrado bastante propício para o desenvolvimento deste tipo de formação do caráter de jovens estudantes.

OBJETIVO GERAL

Contribuir, através de trabalho multidisciplinar e integrado, para melhoria das condições das instituições residenciais de longa permanência para idosos, através de processo continuado de análise institucional das instituições já conveniadas com o Projeto Lar dos Idosos.

OBJETIVOS ESPECIFICOS

· Oferecer consultoria acerca de como racionalizar e melhorar o funcionamento de outras instituições, ainda não ligadas ao Projeto Lar dos Idosos;

· Contribuir para elevar o bem estar e a qualidade de vida do idoso em instituições de longa permanência, que são muito baixos hoje em dia;

· Desenvolver um projeto acadêmico de estudos acerca do processo de envelhecimento;

· Estimular o trabalho em equipe entre estudantes;

PÚBLICO ALVO DO PROJETO

· Pessoas idosas

METODOLOGIA DE TRABALHO/PROCEDIMENTOS

· Atividades recreativas;

· Coleta de dados;

· Relato de desenvolvimento de atividades;

· Dinâmica para detectar o estado emocional de cada idoso;

· Questionamentos;

· Oficina de recreação;

· Proposta de oficinas que foram realizadas na visita seguinte. As oficinas mais cotadas foram: desenho, massa de modelar, jogos, contos religiosos, tudo acompanhado pelo som que eles mesmos escolheram: Roberto Carlos.

· Na oficina de desenhos, fornecemos materiais necessários - giz de cera e papel - para explorar a criatividade e o desenvolvimento motor. Sem que houvesse imposições de regras, deixando - os livres para a realização desta atividade. Observamos que através de rabiscos que tinham formas e cores variadas, alguns retratavam suas experiências enquanto criança ou durante determinada etapa de suas existências.

· Os desenhos não tinham uma definição lógica, eles diziam ser animais - pato, pata, onça, cobra, urso, ganso - sereia e até jangada. Podemos constatar que através das quantidades de cores utilizadas poderia haver alguma relação com seu estado emocional.

· Foi curiosa a receptividade na oficina de massa de modelar, pois eles nunca tiveram a oportunidade de manuseá-la. Talvez por este fato não foram criativos, apenas repetiram os modelos apresentados pelos monitores. Pela falta de manuseio e o aroma atrativo, uma senhora mastigou um pedaço de massa, imaginamos que ela se confundiu com algum doce, pois era o que a mesma nos pedia.

· Com os contos religiosos, notamos que a explanação surtiu melhor entendimento e conseqüentemente maior participação que a leitura detalhada. Sentimos algumas dificuldades devido às deficiências auditivas. Talvez pela questão cultural eles preferiam escutar os contos religiosos.

EQUIPES E PARCERIAS

· Sócios Fundadores

· Sócios Contribuintes

· Sócios Benfeitores

· Sócios Beneméritos

· Sócios Honorários

CRONOGRANA

ATIVIDADE/

PERIODOS

semana

semana

semana

semana

Levantamento de literatura

X

Planejamento do projeto

X

X

Busca de parcerias

X

X

X

Implantação do projeto

X

X

Execução do projeto

X

X

Avaliação

X

AVALIAÇAO

Foi verificado que as atividades recreativas proporcionam momentos de bem estar, uma vez que os idosos ali presentes tiveram uma participação ativa nas atividades propostas - no início apresentavam-se pacatos e no decorrer das propostas recreativas houve uma maior adesão por parte dos participantes - deste modo reativando sentimentos perdidos e a auto-estima como ponto fundamental de recuperação.

3. ANALISE DA PRÁTICA DE ESTAGIO

Contudo, destacamos que a prática do Estágio Supervisionado é essencial para a aquisição da prática profissional, porém não tem sido esta visão de seus idealizadores (Instituições) quanto a investimentos e reformulações nas confirmações de melhorias. Assim, vemos que é necessária a urgente reformulação sistemática de tal procedimento, para que venhamos ter uma Educação sustentável e distante das incertezas do cotidiano docente, capaz de atuar "cirurgicamente" nas falha do processo educacional; propiciando uma melhor forma de interpretar a realidade social, por meio de uma possível e notável influência da Educação, na consolidação do combate ao antagonismo provocado pela dicotomia existente entre teoria e prática. Desse modo, observamos esta etapa referente à graduação, com a certeza de que a Educação só poderá ser reformulada (a fim de atingir notáveis melhorias), quando o nível de atenção referente ao processo de Estágio Supervisionado, for considerado padrão a se investir e se seguir, evidentemente, sob os pressupostos do olhar crítico em reflexão ao contexto e os seus mecanismos constituintes.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Estágio Supervisionado é de suma importância para a formação acadêmica, pois proporciona ao formando de Pedagogia observar e refletir como está sendo construída a nova identidade profissional do pedagogo em espaços não escolares. Pode-se perceber que essa nova identidade está em processo de construção e que há muitos desafios a serem superados e um deles é de o curso de Pedagogia oferecer mais suporte para atender a essa nova área de atuação profissional. Para que esse profissional atenda a esses diferentes espaços educativos é necessário saberes que envolvam o “saber” e o “saber fazer” nessa prática. Saberes que entrecruzem teoria e prática, tendo em vista a perspectiva do pedagogo como cientista da educação (LEITE, 2007).

Apesar de todas as contingências, entendemos que o estágio é um grande instrumento nas mãos do educador, e dependendo da forma como é estruturado e direcionado pode ser uma estratégia de ensino fundamental para a formação do educando. O estágio na disciplina Prática de Ensino está sendo gradativamente trabalhado como um campo de conhecimento e investigação.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

BRASIL, Ministério da Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC-SEF, 1997.

CABRILLO, Francisco; Cachafeiro, M. A. Luísa – A revolução grisalha. Lisboa: Planeta.1992.8

CÁRITAS Diocesana de Viseu – Estudo de levantamento das instituições e das redes para a inclusão – Projeto convergências: Comunicação para valorizar. Equipa técnica: Sandra Duarte João e Manuela Moura Alberto. Setembro, 2004.

HAYDAT, Regina Célia Cazaux. Curso de Didática Geral. 2° ed. São Paulo. Ática, 1995.

LEITE, Ivonaldo. O pedagogo e o cientista da educação. Momentos, Rio Grande do Norte, 18: 1130-123, 2006-2007.

MOURA, Eliana; ZUCHETTI, Dinorá Tereza. Explorando Outros Cenários: Educação não escolar e pedagogia social. Disponível em: htp:/ www. Br/publicações_ cientificas/ images/ stories/ pdfs_ educação/ vol110n3/ art07_ moura pdf.

PIMENTEL, Luisa Maia Gaspar – O lugar do idoso na família: contextos e trajetórias. Coimbra: Quarteto. 2001.

ROSA, Maria João Valente – O desafio social do envelhecimento demográfico. Análise Social. Lisboa. Vol. 27. N.º 122, 1993.

ROUSSEL, Louis – Les relations générationnelles au moment de la vieillesse des parentes. In Relations Intergénérationnelles. Actes du Colloque de Liége. Nº. 17-18, (Mai 1990), p. 11-26.

SILVA, Luísa Ferreira – Ação social na área da família. Lisboa: Universidade Aberta. 2001

ANEXOS

Atividade das atividades de Estagio do Curso de Pedagogia

Curso: Pedagogia Período:

Local do Estagio: Casa do Idoso Jorge Zapula Município: Poté – Minas Gerais

Informamos à Universidade Luterana do Brasil que o estagiário (a) Ivanete Batista Santos Zapula realizou as atividades propostas no Estagio Curricular ( ) I; ( ) II; ( ) III; (x) IV do Curso de Pedagogia EAD, em nosso estabelecimento Escolar/não escolar, no período de 05 de setembro de 2011 à 20 de outubro de 2011, com 20 horas em nosso estabelecimento para completar as 68 horas do estagio citado.

Com a avaliação descrita abaixo, conforme resultado obtido no estágio.

Desempenho e relacionamento interpessoal do estagiário

4

3

2

1

Ética profissional

x

Interesse pelas atividades

x

Disponibilidade

x

Assiduidade

x

Pontualidade

x

Comunicabilidade

x

Organização

x

Integração com a instituição

x

Integração com a Comunidade

x

Cooperação

x

Autonomia

x

Comprometimento

x

4. Muito Bom; 3. Bom; 2. Regular; 1. Fraco;

Parecer descritivo: ________________________________________________________

________________________________________________________________________

Poté, 30 de novembro de 2011

PLANILHA DE EFETIVIDADE DA PRÁTICA DOCENTE

ESTÁGIO CURRICULAR IV

DADOS DO LOCAL DO ESTÁGIO

Nome do Ambiente não Escolar: Casa do Idoso Jorge Zapula

Endereço: Rua Dom Pedro II nº 182 – Bairro Floresta, Poté – Minas Gerais

Nome do (a) diretor (a) responsável pelo setor: Nilda Maria Soares Gomes

Nome do (a) Responsável pelo Estagiário (a): Nilda Maria Soares Gomes

Setor: Comercial

Ano/Semestre de Estagio: 2011 – 2º Semestre

DADOS DO ACADEMICO

Nome do Estagiário: Ivanete Santos Zapula

Ano de Ingresso no Curso de Pedagogia: 2009

Nº CGU: 94516910

Cód. de Matricula: 091047343

Nome do Pólo: Centro Ed. Nossa Senhora Aparecida – LTDA – Jequitinhonha

Número da Turma na NetAula:

Estágio Curricular IV

ORIENTAÇÕES INICIAIS E ESCOLHA DO LOCAL DE ESTAGIO ( TUTOR PRESENCIAL) – 8h

Data

Horário

Atividade Realizada

Rubrica do Tutor(a) Presencial

DIA

MÊS

INICIO

TERMINO

05

09

7:00

10:00

Escolha do Local de Estagio

06

09

7:00

10:00

Visita ao local de Estágio

08

09

7:00

11:00

Conversas com a diretora do local

CARACTERIZAÇÃO, ENTREVISTA E OBSERVAÇÃO (LOCAL DE ESTÁGIO) 15h

Data

Horário

Atividade Realizada

Rubrica do (a) Responsável pelo (a) Estagiário (a)

DIA

MÊS

INICIO

TERMINO

09

09

7:00

10:00

Observação do Local de Estagio

10

09

7:00

10:00

Entrevista com o Diretor do Local

12

09

7:00

10:00

Caracterização do Local

13

09

7:00

10:00

Conversas com funcionários do Local

15

09

7:00

10:00

Entrevista com Diretor e Coordenador

Observação e Caracterização do Local

PLANEJAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA (LOCAL DE ESTAGIO/TUTOR(A) PRESENCIAL) 10h

DIA

MÊS

INICIO

TERMINO

Atividade Realizada

Rubrica do (a) Responsável pelo (a) Estagiário (a) e Tutor (a) Presencial

16

09

7:00

9:00

Atividades Recreativas

17

09

7:00

9:00

Coleta de Dados

19

09

7:00

9:00

Relato do desenvolvimento das atividades

20

09

7:00

9:00

Dinâmica para detectar o estado emocional do idoso

21

09

7:00

9:00

Questionamento e oficina

AÇÃO EDUCATIVA (LOCAL DE ESTÁGIO/INSTITUIÇÃO) - 20h

Data

Horário

Atividade Realizada

Rubrica do (a) Responsável pelo (a) Estagiário (a)

DIA

MÊS

INICIO

TEMINO

22

09

7:00

10:00

Estudo sobre o tema

23

09

7:00

10:00

Dinâmicas e debates

24

09

7:00

10:00

Conscientizações e debates

26

09

7:00

10:00

Palestras

27

09

7:00

10:00

Oficinas e debates

28

09

7:00

10:00

Estudos e Questionamentos

29

09

7: 00

09:00

Oficinas, debates e questionamentos

ORGANIZAÇÃO DO RELATORIO FINAL (TUTOR PRESENCIAL) 15h

Data

Horário

Atividade Realizada

Rubrica do Tutor (a) Presencial

DIA

MÊS

INICIO

TERMINO

03

10

7:00

12:00

Organização do estagio

19

10

7:00

12:00

Estruturação do Estagio

20

10

7:00

12:00

Montagem e correção do Estagio












Caixa de texto:

CARTA DE AUTORIZAÇÃO

Comunicamos a Universidade Luterana do Brasil – ULBRA que o (a) aluno (a) IVANETE BATISTA SANTOS ZAPULA, do curso de Pedagogia em EaD, está autorizado (a) a realizar as atividades propostas no Estágio Curricular ( ) I ( ) II ( ) III (X) IV nesta instituição educacional, no período de 05 de setembro de 2011 à 20 de outubro de 2011, cumprindo a orientação da universidade.

Poté, 05 de setembro de 2011.

Informações:

Nome da escola: Casa do Idoso Jorge Zapulla

Endereço: Rua D. Pedro II, 182 – Bairro Floresta, Poté-MG

Nome do (a) diretor (a): Nilda Maria Soares Gomes

PLANILHA DO CAMPO DE ESTÁGIO – DADOS DO ALUNO

INFORMAÇÕES DO ESTAGIARIO:

NOME COMPLETO DO ALUNO EM ESTÁGIO: IVANETE BATISTA SANTOS ZAPULA

CGU: 94516910

ENDEREÇO/Nº/COMPLEMENTO: RUA MILITÃO MAIA, 223

CPF:759769606-00

TELEFONE: (33) 88247122

E-MAIL: ivanetezapula@hotmail.com

INFORMAÇÕES DO CAMPO DE ESTÁGIO:

( ) ESTÁGIO CURRICULAR I ( ) ESTÁGIO CURRICULAR II (X) ESTÁGIO CURRICULAR IV

NOME DA ESCOLA DA PRÁTICA DE ESTÁGIO: CASA DO IDOSO JORGE ZAPULLA

ENDEREÇO: RUA D. PEDRO II

182

Nº DO ATO LEGAL DE RECONHECIMENTO DA ESCOLA:

Nº CNPJ: 03.831.202/0001-73

CIDADE: POTÉ – MINAS GERAIS

TELEFONE: (33)

PROFESSORA REGENTE: NILDA Mª S. GOMES

FORMAÇÃO REGENTE: MAGISTERIO

E-MAIL DO PROFESSOR REGENTE:

SÉRIE/ANO: AMBIENTES NÃO ESCOLARES

TURNO: MATUTINO/VESPERTINO

Nº DE ALUNOS:

18







PLANILHA DE ACOMPANHAMENTO DO CAMPO DE ESTÁGIO

DADOS DO POLO

POLO: 544 – PED – CENTRO EDUCACIONAL NOSSA SENHORA APARECIDA

ENDEREÇO: RUA HENRIQUE HEITMMAM

Nº: 67

BAIRRO: CENTRO

CIDADE/ ESTADO: JEQUITINHONHA

TELEFONE:

E-MAIL: LANEEMEDIATO@GMAIL.COM

RESPONSÁVEL LEGAL: LANE EMEDIATO

COORDENADOR DO POLO: LANE EMEDIATO

TELEFONE: (31) 3379-9600

TUTORA: 10294 – RENATA F. DE SOUZA

TELEFONE: (33) 3525-1504

E-MAIL: renata.ferreiradesouza@gmail.com

TURMA: 2009/UNICA

DIA DA SEMANA E TURNO DA AULA PRESENCIAL: SEGUNDA-FEIRA